É muito comum a seguinte pergunta: O que devo coleccionar, selos novos ou usados? A boa regra recomenda que não se deve misturar os dois tipos usados e novos. Mas isso fica a critério do coleccionador, e do tipo de colecção que deseja fazer. A colecção de selos novos sempre tem mais valor financeiramente falando. O selo novo é aquele que não foi utilizado para franquear nada e faz parte de uma colecção, como fora vendido na agência dos correios. Assim, um selo emitido em 1918, com sua goma original, sem nenhum carimbo ou marca é considerado com "NOVO". Um selo emitido em 1980, e que já fora usado para selar alguma carta é considerado como "USADO". Muitos preferem esse tipo pois afirmam que os selos são mais autênticos, porque cumpriram a sua finalidade. Quem optar pela colecção de SELOS NOVOS, devem tomar algumas precauções, como conservar a goma original, pois num país de clima tropical como o Brasil, sempre surgirá algum problema na conservação. Um dos recursos é a aplicação de talco (sem perfume) sobre a goma, de forma a evitar a humidade provocada pelo meio ambiente. Actualmente, os selos brasileiros e de muitos países vêm com cola tropicalizada, o que evita transtornos. Porém, alguns filatelistas preferem lavar os selos para retirar a cola, medida essa não muito recomendável, porque, algumas emissões descoroam e podem surgir manchas. Considera-se usado, aquele selo que traz a marca de um carimbo a fim de indicar que já cumpriu a sua missão, ou seja, o pagamento antecipado da taxa postal para o envio de uma correspondência. Determinados países, aplicam carimbos em selos novos, para fins filatélicos. São os chamados "carimbos de favores". Desta forma, os selos usados, não devem conter defeitos de picotes, dobras, cortes e manchas. De preferência o carimbo deve ser nítido e perfeito, as excessões só ocorrem para os selos raros. "TIPOS DE COLECÇÃO" : As primeiras colecções filatélicas eram "universais", isto é, englobavam todos os selos do mundo. Porém, com o passar do tempo, milhares de selos foram sendo emitidos pelas administrações postais e tornou-se impossível colecionar todos os selos emitidos. Nos dias aturais quem pretende coleccionar todos os selos, acaba não coleccionando nada. Diante disso, o filatelista precisa definir o tipo de colecção que deseja fazer: Clássica, por Assunto ou Temática, cada uma obedece a uma norma própria. CLÁSSICA É aquela colecção de um determinado país ou de uma determinada época. Assim, o indivíduo escolhe um país e começa a coleccionar desde o primeiro selo emitido, em ordem cronológica, observando todos os detalhes técnicos (papel, cor, carimbo, ensaios, etc) até a última emissão. No caso dos selos Brasileiros, o filatelista poderá coleccionar, se desejar, somente os comemorativos (a partir de 1900), ou então, os emitidos durante o Império, ou ainda, a partir de 1969, quando foi criada a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos - ECT. A colecção clássica poderá ser montada em folhas de álbum próprio ou em folhas quadriculadas. POR ASSUNTO: É aquela que reúne todos os selos e documentos filatélicos que tenham relação com a finalidade de emissão. A apresentação do material filatélico pode realizar-se segundo uma ordem sistemática, temática por países ou por ordem cronológica. Ela deve ser precedida de um plano que apresente o material exposto, acompanhada de textos descritivos, de forma clara e concisa. O desenvolvimento de uma colecção por assunto exige profundas pesquisas filatélicas sobre o mesmo ou a finalidade de emissão. A montagem deve ser feita em folhas soltas quadriculadas ou brancas, e o texto que não deve ter mais de cinco linhas, poderá ser escrito a mão, com caneta, normógrafo ou à máquina. TEMÁTICA: Esse tipo de colecção desenvolve um tema ou ilustra uma ideia segundo um plano lógico, servindo-se dos motivos oferecidos pelos selos ou por documentos filatélicos ou postais. Os selos e documentos devem manter estreita relação com o tema ou a ideia escolhida. A temática é um sistema relativamente novo de coleccionar selos. Em cada selo aparece uma imagem gravada: um pássaro, uma flor, uma borboleta, um vulto de nossa história, enfim são vários os temas. Ao montar a colecção, as duas primeiras páginas devem ter um resumo do tema e de um plano estabelecido. Os selos que vão sendo colocados nas demais folhas, devem seguir o roteiro com os textos explicativos. O tema pode ser dividido em capítulos para facilitar a sua compreensão e desenvolvimento. A colecção, depois de montada, da primeira, até a última folha, descreve o tema como se fosse um livro, sendo que as ilustrações são os pequeninos selos e documentos filatélicos. A sua montagem pode ser em folhas brancas ou quadriculadas. BEM !
AGORA QUE VOCÊS JÁ ESTÃO BEM INFORMADOS E INFORMADAS SOBRE A ARTE DE COLECCIONAR SELOS, SÓ RESTA IR A LUTA ! MÃOS A OBRA ! BOA SORTE.
E CONTE COM VÁRIOS FILATELISTAS PARA SUAS TROCAS E AUMENTAR A SUA COLECÇÃO.
"O Coleccionador". Valter Marques
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